Indústria 4.0
O termo Indústria 4.0 se refere à quarta revolução industrial. Apenas para relembrar, a primeira revolução industrial na antiga Grã-Bretanha foi marcada por introduzir Máquinas na produção no final do século XVIII.
Isso incluía sair da produção manual e começar o uso de motores a vapor e água como fonte de energia. A segunda revolução industrial, datada entre 1870 e 1945, introduziu sistemas preexistentes, como telégrafos e ferrovias, nas indústrias. Produção em Massa foi seu grande marco e Henry Ford seu principal ícone.
A terceira revolução industrial, datada entre 1950 e 1970, é frequentemente chamada de revolução digital, e surgiu com a Automação industrial, que integra os sistemas mecânicos e eletrônicos, e também com a evolução da computação digital.
A terceira revolução foi, e ainda é, um resultado direto do enorme desenvolvimento em tecnologia eletrônica, dos semicondutores e equipamentos automatizados, nas telecomunicações e nos processos de fabricação.
Mas, diante de tantos marcos que definiram as revoluções anteriores, o que está acontecendo de tão transformador que justifique essa denominação de Indústria 4.0 nos dias de hoje? Ainda não há um termo único que sintetize a 4.0, dado que se refere a um conjunto de tecnologias que, integradas, sustentam a definição do novo ciclo.
Há um amplo espectro de tecnologias atuais aplicadas à indústria e que seguem mudando, de forma acelerada, as formas de relacionamento entre pessoas, processos, instituições e cadeias produtivas. Considere, nesse acervo, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, Robótica, Computação em Nuvem, Manufatura Digital, Computação Quântica, Block Chain, para citar alguns.
Sustentabilidade, Produtividade e Escala Mundial estão entre os candidatos ao termo que será identificado como marco da 4.0.
Quais são as principais tecnologias da Indústria 4.0?
Todo esse enorme acervo de tecnologias tem o objetivo de gerar informações e conhecimento, além de conectar as diversas etapas da cadeia de valor e de acelerar o desenvolvimento de novos produtos, tornando sustentáveis os processos de produção, logística, armazenagem e pós-venda.
São exemplos de tecnologias utilizadas na industria 4.0:
1. Inteligência artificial: aplicação de análise avançada e técnicas baseadas em lógica, incluindo aprendizado de máquina, para interpretar eventos, analisar tendências e comportamentos de sistemas, apoiar e automatizar decisões e realizar ações.
2. Computação em nuvem: é a distribuição de serviços de computação – servidores,
armazenamento, bancos de dados, redes, software, análises, inteligência – pela Internet, com utilização de memória, capacidade de armazenamento e cálculo de computadores e servidores hospedados em Datacenter, proporcionando recursos flexíveis e economia na escala. A computação em nuvem permite às empresas acessar recursos computacionais abundantes como um serviço e a partir de distintos dispositivos remotos. Desta forma evitam-se investimentos altos em equipamentos e equipe de suporte, permitindo a empresas focarem seus investimentos nas suas atividades principais.
3. Big data: é uma abordagem para atuar em dados com maior variedade e complexidade, que chegam em volumes crescentes e com velocidade cada vez maior, usados para resolver problemas de negócios. Esses conjuntos de dados são tão volumosos que o software tradicional de processamento de dados não consegue gerenciá-los. São utilizadas técnicas estatísticas e de aprendizagem de máquina para extrair informações relevantes aos negócios, inferências e tendências não possíveis de se obter com uma análise humana.
4. Cyber segurança: é um conjunto Infraestruturas de hardware e software voltado para a proteção dos ativos de informação, por meio do tratamento de ameaças que põem em risco a informação que é processada, armazenada e transportada pelos sistemas de informação que estão interligados.
5. Internet das coisas: interconexão entre objetos por meio de infraestrutura habilitadora (eletrônica, software, sensores e/ou atuadores), com capacidade de computação distribuída e organizados em redes, que passam a se comunicar e interagir, podendo ser remotamente monitorados e/ou controlados, resultando em ganhos de eficiência.
6. Robótica avançada: dispositivos que agem em grande parte, ou parcialmente, de forma autônoma, que interagem fisicamente com as pessoas ou seu ambiente e que são capazes de modificar seu comportamento com base em dados de sensores.
7. Manufatura digital: é o uso de um sistema integrado, baseado em computador, que
consiste em simulação, visualização 3D, análises e ferramentas de colaboração para criar definições de processos de manufatura e produto simultaneamente.
8. Manufatura aditiva: consiste na fabricação de peças a partir de um desenho digital
(feito com um software de modelagem tridimensional), sobrepondo finas camadas de
material, uma a uma, por meio de uma Impressora 3D. Podem ser utilizados materiais
como plástico, metal, ligas metálicas, cerâmica e areia, entre outros.
9. Integração de sistemas: união de diferentes sistemas de computação e aplicações de software física ou funcionalmente, para atuar como um todo coordenado, possibilita a troca de informações entre os diferentes sistemas. Permite a empresas um olhar abrangente sobre o seu negócio. As informações em tempo real sobre o processo produtivo influenciam a tomada de decisões gerenciais mais rapidamente bem como decisões estratégicas sobre o negócio da empresa conseguem ser mais facilmente implantadas na planta de produção. Somente a instalação de pacotes ERP não se enquadram, mas a sua integração a sistemas de controle da produção industrial sim.
10. Sistemas de simulação: utilização de computadores e conjunto de técnicas para gerar modelos digitais que descrevem ou exibem a interação complexa entre várias variáveis dentro de um sistema, imitando processos do mundo real.
11. Digitalização: consiste no uso de tecnologias digitais para transformar processos de produção, de desenvolvimento de produtos e/ou modelos de negócios, visando a otimização e eficiência nos processos. A transformação digital abrange: projeto e implementação de plano de digitalização, sensoriamento, aquisição e tratamento de dados.
Muitos ainda acreditam que falar de indústria 4.0 é falar de ferramentas complexas, extremamente caras, e que somente grandes empresas com atuação internacional tem acesso. Para desconstruir este paradigma, a IoT Studio se estruturou. Linguagem do negócio, agilidade, baixo custo (investimento e operação) e geração de valor são nossos “mantras”.